A Porto Alegre do Forum Social Mundial está cada vez mais distante. Liderada por José Fogaça, a cidade caminha a passos largos para alinhar-se com o que de mais desumano há no mundo: a indústria da guerra. E, dentro desta indústria, com o que de pior há: empresas que constróem máquinas para assassinato seletivo. Estou falando desta matéria, escondida na página 26 de ZéAgah:
O que a mátéria não diz é o seguinte:
Enquanto o governo norueguês, por exemplo, tomou a decisão de retirar o seu investimento da empresa israelita Elbit Systems Ltd, pelo seu papel central na construção do muro de apartheid na Palestina, ao propor reduzir o ISSQN de 5% para 2%, o Prefeito José Fogaça ajuda a financiar esta empresa e associa o cidadão porto-alegrense - e a imagem de Porto Alegre - a essa empresa e as mortes produzidas por suas armas. É esse o futuro que Porto Alegre quer ajudar a construir?
P.S.: Os vereadores de Porto Alegre, especialmente os de oposição, tem a chance - diria, a obrigação - de tomar para sí este debate. Não permitam que o atual prefeito passe isso como a simples atração de empresas e investimentos para Porto Alegre, porque não é. Eis um tema a altura do que aqui já debatemos em outros momentos nesta cidade.
Grupo de Israel investe no RS
Gigante do setor militar aplicará US$ 50 milhões em projeto em sua subsidiária em Porto Alegre
A Elbit Systems anunciou ontem em Haifa, Israel, a ampliação dos seus negócios no Rio Grande do Sul. A gigante da tecnologia militar vai entregar à subsidiária Aeroeletrônica, com sede em Porto Alegre, um contrato de US$ 50 milhões para a modernização de 70 aviões militares.
O vice-presidente executivo da Elbit, Ran Hellerstein, manifestou ainda a intenção de construir na Capital uma nova sede e ampliar o número de funcionários dos atuais 150 para até 500 nos próximos anos. O projeto do novo edifício já tramita na prefeitura. Além disso, o braço gaúcho da Elbit vai absorver a manutenção dos helicópteros argentinos Pampa.
As novidades foram reveladas durante a visita da missão gaúcha que está em Israel. A comitiva foi recebida com bandeiras do Brasil e até chimarrão. Depois da apresentação dos produtos e dos projetos da Elbit, os visitantes conheceram de perto a linha de aviões de vigilância e de combate que voam sem pilotos.
Hellerstein disse que a decisão de investir mais no Brasil foi baseada em fatores como custos atrativos, qualidade da linha de produção e eficiência da mão de obra do Estado.
Nos próximos dias, o Executivo municipal encaminhará à Câmara de Vereadores a proposta de redução da alíquota do ISSQN da Elbit de 5% para 2%. Pela proposta, a empresa se comprometeria a arrecadar o mesmo valor de hoje após a implantação dos novos projetos. A aprovação do incentivo é fundamental para garantir a totalidade do investimento. A direção da Elbit deve estar em Porto Alegre no dia 17 de novembro para um encontro com o prefeito José Fogaça.
O vice-presidente executivo da Elbit, Ran Hellerstein, manifestou ainda a intenção de construir na Capital uma nova sede e ampliar o número de funcionários dos atuais 150 para até 500 nos próximos anos. O projeto do novo edifício já tramita na prefeitura. Além disso, o braço gaúcho da Elbit vai absorver a manutenção dos helicópteros argentinos Pampa.
As novidades foram reveladas durante a visita da missão gaúcha que está em Israel. A comitiva foi recebida com bandeiras do Brasil e até chimarrão. Depois da apresentação dos produtos e dos projetos da Elbit, os visitantes conheceram de perto a linha de aviões de vigilância e de combate que voam sem pilotos.
Hellerstein disse que a decisão de investir mais no Brasil foi baseada em fatores como custos atrativos, qualidade da linha de produção e eficiência da mão de obra do Estado.
Nos próximos dias, o Executivo municipal encaminhará à Câmara de Vereadores a proposta de redução da alíquota do ISSQN da Elbit de 5% para 2%. Pela proposta, a empresa se comprometeria a arrecadar o mesmo valor de hoje após a implantação dos novos projetos. A aprovação do incentivo é fundamental para garantir a totalidade do investimento. A direção da Elbit deve estar em Porto Alegre no dia 17 de novembro para um encontro com o prefeito José Fogaça.
O que a mátéria não diz é o seguinte:
A Elbit Systems Group, empresa privada, está implicada na construção de um dos trechos do famigerado Muro do Apartheid, na Cisjordânia. Fornece ao Exército sionista de Israel veículos não-tripulados, manipulados por controle remoto, conhecidos como Drones. De acordo com organizações de solidariedade ao povo palestino, cerca de 100 palestinos morreram em decorrência destes veículos na recente Operação Chumbo Derretido e é muito utilizado nos assassinatos seletivos de lideranças da Resistência Palestina. Além da palestina, esses Drones estão sendo usados no Iraque e no Afeganistão.
Enquanto o governo norueguês, por exemplo, tomou a decisão de retirar o seu investimento da empresa israelita Elbit Systems Ltd, pelo seu papel central na construção do muro de apartheid na Palestina, ao propor reduzir o ISSQN de 5% para 2%, o Prefeito José Fogaça ajuda a financiar esta empresa e associa o cidadão porto-alegrense - e a imagem de Porto Alegre - a essa empresa e as mortes produzidas por suas armas. É esse o futuro que Porto Alegre quer ajudar a construir?
P.S.: Os vereadores de Porto Alegre, especialmente os de oposição, tem a chance - diria, a obrigação - de tomar para sí este debate. Não permitam que o atual prefeito passe isso como a simples atração de empresas e investimentos para Porto Alegre, porque não é. Eis um tema a altura do que aqui já debatemos em outros momentos nesta cidade.
Um comentário:
Um economista afirmando que reduzindo o ISSQN a prefeitura estará financiando a empresa beneficiada põe em dúvida seu conhecimento e a credibilidade de suas opiniões.
Benefício fiscal é uma coisa. Financiamento é outra. Não confuda.
E por falar em Elbit, há notícias de que Nelson Jobim está decidido a dar preferência a esta empresa em detrimento da brasileira Santos Lab na aquisição de Vants.
Pelo jeito não é só o governo do Fogaça que reconhece a Elbit mas também o do Lula. Saíndo a compra, o governo Lula poderá se beneficiar adquirindo os serviços a valores inferiores dado o benefício de reução fiscal concedido pelo Fogaça.
Isso tudo acontecendo mesmo com o tal "lado escuro" da Elbit, e ainda em detrimento de uma empresa Brasileira. Isso sim é de se preocupar.
Bem, vamos ser práticos, nem Elbit nem a Santos Lab devem viver apenas de aplicações pacíficas de seus produtos e serviços.
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