quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Controlar as grandes empresas para libertar a democracia II

A propósito do tema apresentado na postagem anterior, sugiro a leitura do post de hoje do Diário Gauche, intitulado "Reich e o supercapitalismo"

Nele está a entrevista com Robert Reich, que foi secretário do Trabalho de Bill Clinton. Um trecho:

" Então o movimento de responsabilidade social é uma falácia?

Esse movimento distrai as pessoas do problema real e mais difícil, que é limpar e aperfeiçoar a democracia. Shows de responsabilidade corporativa levam os cidadãos a acreditar que os problemas sociais estão sendo endereçados e que eles não precisam se preocupar em fazer com que a democracia funcione e dê respostas para os dilemas. Eu não tenho objeções às ONGs pressionarem uma ou outra empresa para agir de certa maneira. O que elas não devem fazer é achar que essas pressões são substitutos para leis e regulamentações. As doações e os serviços sociais prestados pelas empresas, por exemplo, não devem substituir aqueles que os governos de nações que se julgam avançadas devem prover à população. Quando políticos louvam ou culpam companhias, eles dão ainda mais fôlego para essa noção equivocada."

O diagnóstico é preciso, embora a costura de um projeto de "aperfeiçoamento e limpeza" da democracia deva, como sugeri com a postagem anterior, ir além de fazer com que esta funcione e induza governos de nações a prover o que precisa a população. Um projeto que queira ser contemporâneo, atual, transformador, deve ter a democracia como categoria que organiza também o funcionamento da empresa privada, para além do restrito grupo de acionistas...

Lei a integra da entrevista do Diário Gauche

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