segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Pela introdução do Ostracismo


Antonio Britto afirmou, em artigo intitulado "O brete é político" (Zé Agah, 25/11/2007), que, entre outras razões, por sermos o único dos grandes Estados brasileiros que não "reelegeu nenhum governador (...) não conseguimos dar seqüência a qualquer tipo de reforma eficaz".


Foi o inverso, meu caro mau caBritto (bom cabrito não berra). O eleitor gaúcho mais repete-se do que muda.

Para ver isto, retiremos o véu da personalidade da hora, o governador de plantão.

Não conseguimos reformar o Estado, eficaz e positivamente, porque nas últimas 4 eleições o eleitor gaúcho recorreu a 3 governadores de um mesmo bloco (PMDB, PSDB, PTB, PP, PPS): um governo com foco exclusivo no interesse privado (o do próprio Britto, quando no PMDB), outro conservador e protelador (Rigotto, PMDB) e agora um sem projeto e conservador-autoritário (Yeda, PSDB). O eleitor repetiu o mesmo erro, com variações de grau, iludido pela idéia de que nomes diferentes são idéias diferentes ou pelo "vale tudo contra o PT". Escolheu, repito, três em quatro vezes, o bloco que acha que política é só disputa de poder, disputa eleitoral que, depois de resolvida, libera o Estado para uso em seu próprio benefício ou de seus parceiros privados. Resultado: consumiu a maior parte dos recursos e do patrimônio públicos sem criar nenhuma política de desenvolvimento ou social significativa no RS.

É uma pena que não tenhamos adotado, na nossa Constituição, o ostracismo - mecanismo criado pelos gregos antigos, na Atenas por volta do século 5 A.C.. Nesta época, através desse mecanismo, demagogia e hipocrisia, especialmente quando usadas em benefício próprio, eram punidas com o confisco dos bens e a cassação da nacionalidade por 10 anos.

Britto e seu amigo FHC não teriam mais nada e, especialmente para alegria do segundo, seriam declarados estrangeiros de direito. Coisa que sempre quiseram ser...






4 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom, André! Ostra neles!

Anônimo disse...

Caro André,
As vezes desanima, de tanto ver essas nulidades políticas fazerem carreira as custas do povo 'mais politizado do país', dá vontade de mudar para Marte. Amarguras a parte, gostei da idéia do banimento político; talvez alguém se indigne e proponha uma emenda a constituição colocando essa cláusula: 'Prometeu, não cumpriu, banimento da vida pública por no mínimo 12 anos'. Assim talvez aprendessem alguma coisa, como não brincar com as esperanças do eleitor. Parabéns pelo blog, está muito bom. Só uma coisa, poderias aumentar a freqüência dos posts.
Abraços,
José Luís Carneiro (joselfc1965@yahoo.com.br).

Andre Passos disse...

Amigo José Luis,

Vou tentar aumentar a freqüência, não prometo (por receio do banimento...) mas vou tentar.
Obrigado pelo elogio e pela sugestão.

André

Carlos Eduardo da Maia disse...

E o PT é santinho....
E tem gente que acredita nessa religião.