terça-feira, 9 de outubro de 2007

O Pacotaço e a sociedade gaúcha III


"ACLAMANDO" o Pacotaço dos chefes...


Volto ao assunto do pacote. Retomo o tema tratado no final do primeiro post sobre o assunto, editado semana passada.

Lembram que falei da ausência de manifestação da classe média, em especial de um de seus auto-eleitos porta-vozes: A Associação da Classe Média (ACLAME). Pois manifestou-se. E não seguiram a mesma linha de 2006 (ou de quando o ex-governador Rigotto aprovou o seu tarifaço), quando distribuíram a rodo o adesivo "Chega de Imposto". Desta vez estão mais complacentes...

Confesso que já esperava isto. E esperava porque membros importantes de seu staff são hoje secretários estaduais e municipais. Uma óbvia pista do que estava por vir. Mas como não sou tido a profecias, preferi esperar. O tal do mérito da dúvida.

A opinião da ACLAME, transcrita abaixo, é de um malabarismo/oportunismo impressionante. Ei-la, publicada, na coluna de Rosane Oliveira de hoje, como seria de se esperar:
ZH, 09/10/07
página 10

"Lista dos Favoráveis

Os nomes dos deputados federais que votaram a favor da manutenção da CPMF estampam a nova campanha da Associação da Classe Média (Aclame) em 20 outdoors espalhados por Porto Alegre.

Em 2005, a Aclame adotou a mesma tática para criticar os parlamentares que aprovaram o tarifaço do governo de Germano Rigotto.

A Aclame ainda não sabe o que fará se os deputados estaduais aprovarem o aumento de impostos proposto por Yeda Crusius, mas o presidente, Fernando Bertuol, se mostra bem mais tolerante com Yeda do que foi com Rigotto ou é com o governo federal.

- Há muito mais chances de se tirarem recursos do governo federal do que do estadual, que está no sufoco. Para a sociedade, o fim da CPMF teria um impacto maior e mais benéfico do que a retirada do aumento estadual - compara Bertuol."

Ah tá. E porque foram contra o tarifaço do Rigotto? O Estado não estava em dificuldades?

Prezados (as), uma pista: não havia diretores e conselheiros administrativos da ACLAME no secretariado estadual ou municipal do Rigotto... Agora há, três, para ser mais exato (se quiser saber quem são, veja o primeiro post da série "o Pacotaço e a sociedade gaúcha", neste blog).

Depois os partidos políticos é que são fisiológicos...

Deviam mudar o lema para: "Chega de impostos de governos em que não participam membros da ACLAME".

Como diz o macaco Simão: "Nóis sofre mas nóis goza"...

3 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Nunca simpatizei muito com essa Aclame, mas ela tem que ser coerente. Parece que virou, também, refém da politicagem. O interessante é que ninguém dá força para o que efetivamente tem que ser feito: cortar, cortar e cortar despesas, demitir servidores, extinguir estatais, fundações e autarquias, diminuir o gasto do Estado com folha de pagamento, proventos e aposentadorias. E a oposição APROVEITA, APROVEITA.

Unknown disse...

Na linha do Macaco Simão:
Talvez alterar o nome da ACLAME para ACLAMIDADE ou ACALAMIDADE, pois devem ter, evidentemente, entre seus quadros pessoal da 3ª idade.
Desculpe o trocadilho infame e os que, felizmente, conseguem chegar à 3ª idade.
Afora isto, interessante a oposição do Carlos Eduardo, pois a oposição governou este Estado apenas por 4 anos. Portanto, se este período for expresso em percentagem, não chegaria a 1% do total de tempo em que o RS ficou nas mãos do outro lado. E a oposição é a culpada ?!?!?!?
E, ainda por cima APROVEITA, APROVEITA ?!?!?!?!? (Tóing !?!?!?)

Carlos Eduardo da Maia disse...

A oposição não é a culpada.Ela apenas não quer colaborar para que o governo consiga racionalizar as finanças públicas. E o pior, ela não dá nenhuma alternativa ao governo Yeda. É pedra e pedra e nada além de pedra. É o velho PT bom de guerra que continua presente no RS, enquanto isso o PT nacional privatiza ( e bem que faz) rodovias.