Este blog volta ao ar depois de um longo retiro prá refrescar as idéias. E começa com o Brasil.
O PIG continua batendo - o mais recente alvo foram os tapiocartões corporativos - e o LULA continua de pé, firme e forte. 58% de aprovação na pesquisa CNI/IBOPE de março/2008.
Parece que o neo-lacerdismo tucano/pefelista/psolista está perdendo a parada para o trio crescimento do PIB, crescimento do emprego e crescimento da renda. 5% de crescimento ao ano, milhões de novos empregos e agora mais uma: dois anos seguidos de mudança acelerada na distribuição por estratos de renda da população brasileira. Em 2005, segundo pesquisa do Instituto IPSOS, a classe média brasileira (alcunhada classe C) representava 34% da população, em 2006 passou a 36% e em 2007 pulou para 46%. Já as classes D/E diminuíram de 51% para 39%. Da pobreza para a classe média. O povão é pragmático, meu filho... Neste país, em regra, vota-se com a barriga - e os celulares novos, os carros e outros bens de classe média. Foi assim em 1986, com o plano cruzado. O PMDB varreu o país. Também assim foi com FHC e o Plano Real. Ninguém gostava de receber salário e um mês depois ele valer 10, 15, 20% a menos. E ninguém gostou da recessão e desemprego produzidos por FHC, em especial em seu segundo mandato. Elegeu-se Lula. A inflação não disparou, o emprego cresceu e agora muda a estratificação por renda do brasileiro (a). Eis a razão dos 58%.
Se continuar na mesma linha de discurso, a oposição só terá como saídas: 1) comportar-se como torcida muda (torcer para acontecer uma crise econômica, torcer para o governo Lula barberiar - tipo restrição ao crédito, mora?); 2) manter o discurso moral e dar um golpe (o que o PIG parece fazer que faz, fazer que não faz e acabar fondo) ou 3) mostrar-se mais capaz de pilotar a economia, criar empregos e distribuir renda. Tá difícil a vida desta turma, né?
Cada vez mais concordo com Wanderley Guilherme dos Santos que em artigo que reproduzi neste Blog afirmou:
"O problema eleitoral do PT é mais propriamente de governo do que de eleição. Ainda avalio que, ao contrário da euforia tucana para efeito externo, as chances de vitória da situação são bastante superiores às da oposição. Não é fácil combater um governo bem-sucedido e bem avaliado. Todas as críticas, inclusive as procedentes, esbarram na disposição do eleitorado de recompensar os bons governos. Os especialistas perceberão que admito, para a próxima eleição, a supremacia do voto retrospectivo sobre o voto prospectivo. Os eleitores votam retrospectivamente quando estimam que a renovação do mandato dos atuais governantes promete trazer maiores retornos do que as perspectivas de mudança representadas pela oposição. O peso específico dos candidatos continua a ter importância, mas ponderado pelos cenários alternativos associados a cada um deles pelo imaginário público. Acredito que este ainda é o caso, não valendo a fadiga que leva à substituição de um governo, simplesmente porque é governo. Se não ocorrer nenhuma tragédia política maiúscula, os tópicos programáticos oposicionistas parecerão frágeis diante da prestação de contas petista.
O problema do PT é mais de governo do que de eleição, tendo que aceitar de novo o regime de coalizão."
Mas esta última frase de W.G. dos Santos já é outro assunto, para outra postagem. Só uma frase: é justamente esta característica política que limita os avanços no terreno da ética política - o que tem custos econômicos também - e a velocidade com que se pode aumentar a eficácia, a eficiência e a justiça no uso dos recursos públicos para quem mais precisa.
O PIG continua batendo - o mais recente alvo foram os tapiocartões corporativos - e o LULA continua de pé, firme e forte. 58% de aprovação na pesquisa CNI/IBOPE de março/2008.
Parece que o neo-lacerdismo tucano/pefelista/psolista está perdendo a parada para o trio crescimento do PIB, crescimento do emprego e crescimento da renda. 5% de crescimento ao ano, milhões de novos empregos e agora mais uma: dois anos seguidos de mudança acelerada na distribuição por estratos de renda da população brasileira. Em 2005, segundo pesquisa do Instituto IPSOS, a classe média brasileira (alcunhada classe C) representava 34% da população, em 2006 passou a 36% e em 2007 pulou para 46%. Já as classes D/E diminuíram de 51% para 39%. Da pobreza para a classe média. O povão é pragmático, meu filho... Neste país, em regra, vota-se com a barriga - e os celulares novos, os carros e outros bens de classe média. Foi assim em 1986, com o plano cruzado. O PMDB varreu o país. Também assim foi com FHC e o Plano Real. Ninguém gostava de receber salário e um mês depois ele valer 10, 15, 20% a menos. E ninguém gostou da recessão e desemprego produzidos por FHC, em especial em seu segundo mandato. Elegeu-se Lula. A inflação não disparou, o emprego cresceu e agora muda a estratificação por renda do brasileiro (a). Eis a razão dos 58%.
Se continuar na mesma linha de discurso, a oposição só terá como saídas: 1) comportar-se como torcida muda (torcer para acontecer uma crise econômica, torcer para o governo Lula barberiar - tipo restrição ao crédito, mora?); 2) manter o discurso moral e dar um golpe (o que o PIG parece fazer que faz, fazer que não faz e acabar fondo) ou 3) mostrar-se mais capaz de pilotar a economia, criar empregos e distribuir renda. Tá difícil a vida desta turma, né?
Cada vez mais concordo com Wanderley Guilherme dos Santos que em artigo que reproduzi neste Blog afirmou:
"O problema eleitoral do PT é mais propriamente de governo do que de eleição. Ainda avalio que, ao contrário da euforia tucana para efeito externo, as chances de vitória da situação são bastante superiores às da oposição. Não é fácil combater um governo bem-sucedido e bem avaliado. Todas as críticas, inclusive as procedentes, esbarram na disposição do eleitorado de recompensar os bons governos. Os especialistas perceberão que admito, para a próxima eleição, a supremacia do voto retrospectivo sobre o voto prospectivo. Os eleitores votam retrospectivamente quando estimam que a renovação do mandato dos atuais governantes promete trazer maiores retornos do que as perspectivas de mudança representadas pela oposição. O peso específico dos candidatos continua a ter importância, mas ponderado pelos cenários alternativos associados a cada um deles pelo imaginário público. Acredito que este ainda é o caso, não valendo a fadiga que leva à substituição de um governo, simplesmente porque é governo. Se não ocorrer nenhuma tragédia política maiúscula, os tópicos programáticos oposicionistas parecerão frágeis diante da prestação de contas petista.
O problema do PT é mais de governo do que de eleição, tendo que aceitar de novo o regime de coalizão."
Mas esta última frase de W.G. dos Santos já é outro assunto, para outra postagem. Só uma frase: é justamente esta característica política que limita os avanços no terreno da ética política - o que tem custos econômicos também - e a velocidade com que se pode aumentar a eficácia, a eficiência e a justiça no uso dos recursos públicos para quem mais precisa.