quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Propinoduto do DETRAN II



Na Assembléia do RS, a oposição ao governo Yeda já conseguiu as assinaturas necessárias para a criação da CPI do propinoduto do DETRAN. Aguardemos...

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Pela introdução do Ostracismo


Antonio Britto afirmou, em artigo intitulado "O brete é político" (Zé Agah, 25/11/2007), que, entre outras razões, por sermos o único dos grandes Estados brasileiros que não "reelegeu nenhum governador (...) não conseguimos dar seqüência a qualquer tipo de reforma eficaz".


Foi o inverso, meu caro mau caBritto (bom cabrito não berra). O eleitor gaúcho mais repete-se do que muda.

Para ver isto, retiremos o véu da personalidade da hora, o governador de plantão.

Não conseguimos reformar o Estado, eficaz e positivamente, porque nas últimas 4 eleições o eleitor gaúcho recorreu a 3 governadores de um mesmo bloco (PMDB, PSDB, PTB, PP, PPS): um governo com foco exclusivo no interesse privado (o do próprio Britto, quando no PMDB), outro conservador e protelador (Rigotto, PMDB) e agora um sem projeto e conservador-autoritário (Yeda, PSDB). O eleitor repetiu o mesmo erro, com variações de grau, iludido pela idéia de que nomes diferentes são idéias diferentes ou pelo "vale tudo contra o PT". Escolheu, repito, três em quatro vezes, o bloco que acha que política é só disputa de poder, disputa eleitoral que, depois de resolvida, libera o Estado para uso em seu próprio benefício ou de seus parceiros privados. Resultado: consumiu a maior parte dos recursos e do patrimônio públicos sem criar nenhuma política de desenvolvimento ou social significativa no RS.

É uma pena que não tenhamos adotado, na nossa Constituição, o ostracismo - mecanismo criado pelos gregos antigos, na Atenas por volta do século 5 A.C.. Nesta época, através desse mecanismo, demagogia e hipocrisia, especialmente quando usadas em benefício próprio, eram punidas com o confisco dos bens e a cassação da nacionalidade por 10 anos.

Britto e seu amigo FHC não teriam mais nada e, especialmente para alegria do segundo, seriam declarados estrangeiros de direito. Coisa que sempre quiseram ser...






sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Migalhas?




Ontem Yeda foi a Brasíla e segundo a imprensa local voltou com migalhas: R$ 200.000.000,00. Puro discurso. Se o governo Lula tivesse dado (porque está dando!!!) R$ 1 bi, Pedro Jorge Simon, Yeda, Zé Agah e companhia diriam: não fizeram mais do que a obrigação, deviam a muito tempo, o Rio Grande merecia mais, etc, etc, etc. Jamais assumirão que o governo Lula está ajudando o RS. Mas está, veja-se a grana para o PAC, por exemplo. Mais de R$ 1 bilhão.
Na verdade, os R$ 200.000.000,00 não são migalhas. Vejamos porque.

Ano passado, o pagamento do 13 salário foi assegurado com um empréstimo junto ao Banrisul. Algo entre R$ 350.000.000,00 e R$ 400.000.000,00. Em 2007 o governo estadual pagará cerca de R$ 60 milhões por conta deste empréstimo. Já que está recebendo R$ 200.000.000,00 do Governo Lula, o empréstimo do Banrisul, se houver, será menor. No mínimo 50% menor! E o juro que deverá ser pago ano que vem também será menor. Reduziu-se o problema presente e futuro em 50%, mais ou menos. Migalhas?

Aos poucos, republicanamente, cercado dos cuidados necessários - legais, morais e políticos - o Governo Lula vai ajudando o Rio Grande. Não é isso que se queria, ajuda?

Agora, ajudar não é assumir integral responsabilidade...


Que Yeda, agora com o problema diminuido, comece a ser criativa. Ou peça as contas...












domingo, 18 de novembro de 2007

Tarde chuvosa...


Procurando uma imagem que refletisse a tarde chuvosa, encontrei esta maravilha:

lluvia


hoy llueve mucho, mucho,
y pareciera que están lavando el mundo.
mi vecino de al lado mira la lluvia
y piensa escribir una carta de amor/
una carta a la mujer que vive con él
y le cocina y le lava la ropa y hace el amor con él
y se parece a su sombra/
mi vecino nunca le dice palabras de amor a la mujer/
entra a la casa por la ventana y no por la puerta/
por una puerta se entra a muchos sitios/
al trabajo, al cuartel, a la cárcel,
a todos los edificios del mundo/
pero no al mundo/
ni a una mujer/ni al alma/
es decir/a ese cajón o nave o lluvia que llamamos así/
como hoy/que llueve mucho/
y me cuesta escribir la palabra amor/
porque el amor es una cosa y la palabra amor es otra cosa/
y sólo el alma sabe dónde las dos se encuentran/
y cuándo/y cómo/
pero el alma qué puede explicar/
por eso mi vecino tiene tormentas en la boca/
palabras que naufragan/
palabras que no saben que hay sol porque nacen y mueren la misma noche en que amó/
y dejan cartas en el pensamiento que él nunca escribirá/
como el silencio que hay entre dos rosas/
o como yo/que escribo palabras para volver
a mi vecino que mira la lluvia/
a la lluvia/
a mi corazón desterrado/

Juan Gelman*

*É uma das principais vozes da poesia latino-americana. Nasceu em Buenos Aires, em 1930, e publicou mais de 20 livros. Recebeu os prêmios Nacional de Literatura (Argentina, 1997), Juan Rulfo (2000) e José Lezama Lima (2003). Durante a ditadura militar, foi obrigado a abandonar a Argentina. Em 1976, seu filho Marcelo e a mulher, grávida, desapareceram no país. Somente em 1989 o poeta encontrou os restos mortais do filho. Em 2000, após uma busca de décadas, pôde encontrar sua neta, que tinha então com 23 anos e fora adotada pela família de um militar uruguaio. Uma campanha mundial ainda busca os restos mortais de sua nora, Claudia.



Tudo azul...


Essa fera está hoje em Porto Alegre. Prá quem não vai ao show, uma canja:

Magic Slim

sábado, 17 de novembro de 2007

Os interésses (assim mesmo, com o assento que lhe dava Brizola)

Em nome de que interesses age Yeda Rorato Crusius? Quem ajudou a eleje-la e ainda deposita confiança em seu governo? Quem ainda acha que, depois da derrota de sua fórmula fiscal no parlamento, certa é a governadora e errados são os que votaram contra o seu pacote? Quem age na política apontando sempre o mesmo culpado quando a sua vontade e a dos seus é contrariada? Quem?

Dou uma pista, leia o editorial de Zé Agah deste sábado...

Um trechinho:

"Por que a tragédia fiscal do Estado não pode ter o socorro de um aumento de alíquota se uma situação federal menos angustiante merece o socorro da prorrogação da CPMF? Que interesses poderiam explicar a presença numa mesma trincheira da bancada do PT, que prega uma crescente presença do Estado, e do vice-governador Paulo Feijó, que é adepto do Estado mínimo?"

Quem diria, a pouco tempo atrás Zé Agah acusava o PT de arrogante, de se achar dono da verdade, de não unir-se a ninguém que não fosse um seu igual...

Quem diria, a mesma Zé Agah militante contra a prorrogação da CPMF...

Agora aponta o dedo para a incoerência...

Moral de cueca, como diz o popular.

Convido-lhes, também, a comparar as declarações da governadora com o mencionado editorial: semelhanças não são mera coincidência. E a lembrar que um procer do tucanato, Pedro Parente é alto executivo de Zé Agah. Teoria da conspiração? Não, inferência estatística...

A propósito, antes da votação do pacote o governo Yeda afirmou com todas as letras que o financiamento de 1 bilhão do Banco Mundial só sairia com a aprovação do pacote. Hoje, a notícia é outra: mesmo sem o pacote virá o financiamento.

A comemorar: a sociedade gaúcha não caiu na chantagem destes dois personagens, Yeda e Zé Agah.

Agora estão voltando a fazer ameaças e chantagens: cortar compensação de créditos para exportação, reduzir verba dos outros poderes, apertar micro e pequenos empresários, enfim, prender e arrebentar. Cabe a sociedade, aos sindicatos de empresários e trabalhadores, aos partidos políticos de oposição e aos parlamentares que, mesmo na situação, mantiveram-se coerentes com as promessas de campanha, dar mais um não a isto. Chega de arrogância e surdez...

O sinal claro que foi dado é: esta proposta não serve, construa outra governadora. Sem chantagens e ameaças, sem aumentos de impostos ou restrições a atividade econômica gaúcha.

Por fim, uma resposta aos "por ques" de Zé Agah:
1. Porque existem, para o RS, outras alternativas que não o AUMENTO de impostos;
2. Os interesse em evitar que a economia do Estado sofra com um pacote equivocado não uniu só PT e Feijó, mas também alguns parlamentares de PTB, PMDB, PP, PSB, PC do B e outros. Mais de 50% do parlamento gaúcho votou contra e a Zé Agah só enxerga o PT e Feijó!!!!!



sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Propinoduto do DETRAN


Interessante não? Um dos envolvidos neste que é o maior escândalo de corrupção já registrado no Rio Grande do Sul, Antonio Dorneu Maciel, era, até hoje, Tesoureiro-geral do PP. Não era um membro qualquer da executiva, não era secretário-geral, secretário de organização, vice-presidente, funções estas normalmente mais organizativas. Não era um militante de base. Era Tesoureiro-geral!!! O responsável pela arrecadação de $$$ (dinheiro) para o seu partido!!! Caixa 2?

A Polícia Federal está cumprindo seu papel: indiciar Pessoas Físicas e Jurídicas envolvidas no Propinoduto do DETRAN. Cabe a Assembléia do Estado investigar possíveis vinculações do crime com os partidos políticos em que eram, ou ainda são, dirigentes os envolvidos: principalmente PP, PMDB e PSDB. Com a crise moral, ética, política em que estão chafurdando os partidos aliados dos governos do atual governo, Yeda, e do anterior, Rigotto, perderam toda a autoridade para fazer leis, especialmente as que transferem mais recursos do contribuinte para o Estado. Quem garante que não vão parar em outro propinoduto? A Assembléia deve parar tudo e investigar.

CPI já!!!

Como vingar-se dos "eficientíssimos" serviços das empresas de telefone, net, etc...


Essa veio do blog do Omar. Genial...

Toca o telefone..
- Alô.
- Alô, poderia estar falando com o responsável pela linha?
- Pois não, pode ser comigo mesmo.
-Quem fala, por favor?
- Edson.
- Sr. Edson, aqui é da Telefônica, estamos ligando para estar oferecendo a
promoção Telefônica linha adicional, onde o Sr. estará tendo direito...
-Desculpe interromper, mas quem está falando?
- Aqui é Rosicleide Judite, da Telefônica, e estamos ligando...
- Rosicleide, me desculpe, mas para nossa segurança, nós estaremos
conferindo alguns dados antes de continuar a conversa, pode ser?
- ... bem, pode.
- De que telefone você está falando? Minha bina não está identificando.
- 103
- Você está trabalhando em que área, na Telefônica?
- Telemarketing Pró Ativo.
- Você tem número de matrícula na Telefônica?
- Senhor, desculpe, mas não creio que essa informação esteja sendo
necessária.
- Então terei que estar deslingando, pois não posso estar tendo segurança
que falo com uma funcionária da Telefônica.
- Mas posso estar garantindo...
-Além do mais, sempre sou obrigado a estar fornecendo meus dados a uma
legião de atendentes sempre que tento falar com a Telefônica.
- Ok . Minha matrícula é 34591212.
- Só um momento enquanto estamos verificando...
Dois minutos depois :
- Só mais um momento.
- Cinco minutos depois :
- Senhor?
- Só mais um momento, por favor, nossos sistemas estão lentos hoje.
- Mas senhor...
-Pronto, Rosicleide, obrigado por estar aguardando. Qual é mesmo o assunto?
- Aqui é da Telefônica, estamos ligando para estar oferecendo a promoção de
uma linha adicional, onde o Sr. estará tendo direito a uma linha adicional.
O senhor está interessado, Sr. Edson?
- Rosicleide, vou estar tendo que transferir você para a minha esposa, por
que é ela quem está decidindo sobre alteração e aquisição de planos de
telefones. Por favor, não desligue, pois essa ligação é muito importante para mim.
(coloco o telefone em frente ao aparelho de som, deixo a música Festa no Apê
do Latino tocando no Repeat - eu sabia que um dia essa droga serviria para
alguma coisa!)
Depois de tocar a porcaria toda da música, minha mulher atende:
- Obrigado por estar aguardando .... pode estar me dizendo seu telefone pois
meu bina não identificou...
- "103!"
-Com quem estou falando, por favor?
- "Rosicleide!"
- Rosicleide de quê?
- "Rosicleide Judite" (já demonstrando certa irritação na voz)
- Qual sua identificação na empresa?
-34591212 (mais irritada ainda! )
- Obrigada pelas suas informações, em que posso estar lhe ajudando?
- Aqui é da Telefônica, estamos ligando para oferecer a promoção linha
adicional, onde a Sra. tem direito a uma linha adicional. A senhora está
interessada?
- Vou estar abrindo um chamado e em alguns dias estaremos entrando em
contato para dar um parecer, pode estar anotando o protocolo por favor ....
alô, alôoo!?
- TUTUTUTUTU...
-Desligou... nossa que moça impaciente!

Escandalo no DETRAN


Lembro-me, ao ler sobre o escandalo de corrupção no DETRAN, de uma pesquisa noticiada por Zé Agah em 02/09/2007. Nela, o referido jornal batia efusivas palmas a afirmação de um até então desconhecido sociólogo Alberto Carlos Almeida, responsável pela pesquisa. Dizia ele: “quanto maior a escolaridade do brasileiro menor a tolerância a arbitrariedades e à corrupção”. E concluía: neste sentido "população do Sul é ‘menos arcaica’”.


Os escolarizados corruptos do esquema DETRAN/FATEC (FUNDAE) que o digam... Baixíssima tolerância a corrupção e a arbitrariedade, não?


Deviam refazer a pesquisa e incluir a elite conservadora gaúcha, os resultados seriam outros, não é?

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Controlar as grandes empresas para libertar a democracia II

A propósito do tema apresentado na postagem anterior, sugiro a leitura do post de hoje do Diário Gauche, intitulado "Reich e o supercapitalismo"

Nele está a entrevista com Robert Reich, que foi secretário do Trabalho de Bill Clinton. Um trecho:

" Então o movimento de responsabilidade social é uma falácia?

Esse movimento distrai as pessoas do problema real e mais difícil, que é limpar e aperfeiçoar a democracia. Shows de responsabilidade corporativa levam os cidadãos a acreditar que os problemas sociais estão sendo endereçados e que eles não precisam se preocupar em fazer com que a democracia funcione e dê respostas para os dilemas. Eu não tenho objeções às ONGs pressionarem uma ou outra empresa para agir de certa maneira. O que elas não devem fazer é achar que essas pressões são substitutos para leis e regulamentações. As doações e os serviços sociais prestados pelas empresas, por exemplo, não devem substituir aqueles que os governos de nações que se julgam avançadas devem prover à população. Quando políticos louvam ou culpam companhias, eles dão ainda mais fôlego para essa noção equivocada."

O diagnóstico é preciso, embora a costura de um projeto de "aperfeiçoamento e limpeza" da democracia deva, como sugeri com a postagem anterior, ir além de fazer com que esta funcione e induza governos de nações a prover o que precisa a população. Um projeto que queira ser contemporâneo, atual, transformador, deve ter a democracia como categoria que organiza também o funcionamento da empresa privada, para além do restrito grupo de acionistas...

Lei a integra da entrevista do Diário Gauche

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Controlar as grandes empresas para libertar a democracia


Pode parecer deslocamento da conjuntura brasileira, do debate atual no Brasil, corretamente marcado pelo centro temático Estado/Governo (Reforma política, mecanismos de democratização e/ou "moralização" da política, etc.), mas acho que poderíamos dedicar um pouco do nosso tempo para a reflexão sobre possibilidades de desenhos novos para outro território: a economia privada. Deveríamos considerar que as decisões neste território configuram, em grande parte, os limites da ação do Estado. Neste território, decisões de alocação dos recursos gerados pelo trabalho humano (diretamente ou indiretamente) são tomadas a cada segundo por poucas pessoas, em geral sem levar em conta a maior parte dos impactos sociais (nível de emprego, salário, meio ambiente, etc.) que causarão. Existe alternativa a este modelo de gestão dos recursos produzidos pelo homem em sua atividade produtiva? Existem várias. Recomendo, prá começar, a leitura do artigo Controlar as grandes empresas, para libertar a democracia, do Le Monde Diplomatique edição brasileira. Recomendo-o por identificar como caminho a democracia como alternativa. Caminho do qual sou fã. Transcrevo uma parte, petisco de boa Utopia:




"Na vasta galáxia de temas que apaixonam e mobilizam os Fóruns Sociais, podem estar nascendo algumas novas estrelas, de grande magnitude. Nos Estados Unidos, movimentos sociais e think-tanks (centros de estudos) progressistas estão lançando um conjunto de propostas para estabelecer o controle social sobre as corporations – grandes empresas que atuam em muitos países, oligopolizam vastos setores da produção e exercem enorme influência sobre governos, parlamentos e instituições internacionais.
Apresentado em detalhes, na última edição da revista Yes! (inglês, castelhano) e baseado em estudos e consultas que se estenderam por dezoito meses, o projeto sugere três grandes linhas de ação. No plano político, quer a separação radical entre Estado e empresas – uma revolução equiparável à conquista do Estado laico, na Revolução Francesa. No terreno da economia, propõe transformar em Bens Comuns vastos setores da atividade humana, hoje tidos como mercadorias. A lista vai das florestas e vida selvagem aos oceanos, água doce, ciberespaço, espectro hertziano, conhecimento, gens, sementes. Finalmente, o projeto avança sobre a própria vida empresarial. Grupos sociais que não detêm ações, mas são diretamente afetados pelo comportamente das corporações (como os trabalhadores e as comunidades) deveriam ter assendo em seus conselhos. Além disso, as empresas deveriam ser submetidas a rankings, de acordo com o respeito que dedicam aos direitos sociais e ao ambiente. O Estado atuaria beneficiando as companhias éticas com incentivos e redução da carga tributária. As que pressionam os sindicatos e devastam a natureza seriam punidas com medidas de sentido inverso – e submetidas a um Tribunal Internacional para Crimes Corporativos."




Na sequência comento...