terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Avaliação Governo Serra
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Evolução do quadro eleitoral para 2010 I

segunda-feira, 27 de outubro de 2008
A tentação das repostas rápidas.
Ouvi, especialmente durante o primeiro turno, mas agora também, dizerem que uma parte da vitória de Fogaça (PMDB-PDT-PTB) deveu-se a divisão dos votos da "esquerda" entre Luciana, Manuela e Maria do Rosário. É, de certa forma, a versão mais aceita e mais "senso comum". Ocorre que, como provou o resultado do segundo turno, uma parte considerável dos votos de Luciana e Manuela não foram seduzidos pelo discurso tradicionalmente atribuido a "esquerda". Luciana atraiu votos conservadores com seu discurso moralista anti-mensalão. Manuela também, com seu discurso do novo, anti-conflito e a aliança com o PPS. Para estes porto-alegrenses, Fogaça era a segunda opção. Se Manuela e Luciana não existissem, muito provavlemente teriam votado em Fogaça no primeiro turno e o levdo a vitória neste momento...
Vale a pena analisar angulos alternativos, com mais vagar, com mais liberdade, desarmadamente...
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Respostas mais acertadas?????
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
O impasse no centro do capitalismo

Entenda os impasses em torno do Plano Paulson.
O sistema bancário americano está atulhado com títulos do subprime. Esses papéis foram adquiridos por valores muito baixos, em relação ao seu valor de face. Essa diferença corresponde à rentabilidade esperada pelos bancos especuladores, caso o papel fosse levado até o vencimento.
1. Uma empresa hipotecária pega sua carteira de contratos de risco (subprime) e vende para um banco a uma taxa de 15% ao ano.
2. Se o prazo médio da carteira for de 120 meses, o banco irá pagar US$ 24,71 por cada US$ 100,00 que terá a receber no vencimento.
3. A cada dia que passa (supondo dias corridos), o valor dessa carteira aumentará 0,0388%. Assim, no 120º dia, por exemplo, a carteira estará valendo US$ 25,90. No 4º ano, estará valendo US$ 43,23. E assim por diante.
Mas suponha que o banco necessita vender essa carteira no mercado. Quanto maior a sua pressa, menor o valor que conseguirá. Se a curva da carteira está em US$ 30,00, por exemplo, na hora de vender no mercado conseguirá, digamos, apenas US$ 15,00.
A discussão sobre o plano Paulson reside nessa diferença. Paulson-Bernanke querem pagar integralmente os US$ 30,00. Os críticos querem que pague os US$ 15,00 para não premiar os especuladores.
Os críticos têm sua razão. Os bancos aceitaram correr riscos em troca de remuneração elevadíssima de 15% ao ano. Se o Tesouro americano paga o preço do papel, eles receberão os 15% (até a data da troca) sem incorrer em perda alguma. Por outro lado, alega Bernanke, se pagar o preço de mercado os bancos ficarão totalmente descapitalizados, com conseqüências drásticas sobre o futuro.
A solução para esse impasse é lógica. Implementá-la exige um presidente com coragem de colocar o guizo no gato. No caso, no poderio de Wall Street. É só pegar o modelo sueco. Paga-se pelos títulos um meio termo entre o valor da curva e o de mercado. A direrença será coberta com ações dos bancos, que ficarão guardadas pelo Tesouro para venda futura. Não haverá descapitalização dos bancos, porque as ações apenas trocarão de mãos.
Os acionistas serão penalizados, assim como os executivos, mas a instituição bancária é preservada. Mas, passada a borracasca, novos investidores adquirirão as ações, valorizadas, ressarcindo o Tesouro e permitindo a recriação do sistema financeiro em outras bases.
Essa é a solução óbvia, até para preservar os valores americanos de respeito ao mercado e ao contribuinte.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Procure provas, documentos, informe-se: a real situação das finanças da Prefeitura de Porto Alegre em 2004
Regra geral em eleições, é a presença de um candidato(a) procurando mostrar o limite de competência de outro que já foi ou é governo. Um dos recursos mais utilizados para fazer isto, é a alegação de que a gestão acusada incompetente "quebrou" financeiramente a esfera de governo em disputa. Algumas vezes, a alegação é verdadeira.
No entanto, no caso de Porto Alegre não é. Vamos aos fatos, do presente para o passado.
O candidato Fogaça vem alegando, desde 2005 e até a presente campanha eleitoral, ter recebido a prefeitura "quebrada", em mal estado financeiro, do governo que o antecedeu, do PT. A base de sua argumentação está assentada em dois argumentos: O governo anterior teria produzido três anos -2002, 2003 e 2004 - de gasto maior do que a arrecadação (o chamado déficit) e, até por conta disso, deixado compromissos de pagamento que deveria ter saldado ainda em seu mandato (dívidas de curto prazo ou, em jargão técnico, Restos a Pagar) sem os recursos correspondentes para pagá-las. Segundo Fogaça, o valor destes compromissos, para os quais deveriam ser deixados recursos, seria de aproximadamente 150 milhões de reais. O valor dos déficits somados: R$ 138 milhões (R$ 34,3 milhões em 2002, R$ 28,6 milhões em 2003 e R$ 75,1 milhões em 2003). De outro lado, Fogaça argumenta que saneou esta suposta situação construindo sucessivos superávits (arrecadação maior do que o gasto) em 2005, 2006 e 2007. O que teria sido gasto a mais até 2004, déficits, teria sido coberto pelo que se gastou a menos a partir de 2005, superávits. Sintese: prefeitura "quebrada" deixada pelo PT e saneada por Fogaça, certo?
Errado.
Comecemos pelo déficit e quem pagou a conta. É fato que houve três anos de gasto superior a arrecadação de 2002 a 2004. Mas não é verdade que estes foram pagos com o que Fogaça economizou de 2005 a 2007. O gráfico abaixo, com dados retirados de documentos oficiais do Tribunal de Contas do Estado e da Secretaria da Fazenda da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, mostra que os gastos a mais de 2002 a 2004 foram cobertos com a poupança feita de 1995 a 2001, ainda durante a gestão do PT, no valor de R$ 161,8 milhões. Isto mesmo, antes dos déficits citados por Fogaça, de 1995 a 2001 a Prefeitura produziu 07 (sete) anos de superávit:
1995 | 10.660.881,06 |
1996 | 6.153.651,80 |
1997 | 396.028,15 |
1998 | 24.354.804,04 |
1999 | 53.615.910,85 |
2000 | 16.612.200,26 |
2001 | 49.983.555,00 |




Faça a conta: R$ 161,77 milhões menos R$ 138 milhões é igual a sobra de R$ 23,77 milhões. Portanto, argumento número 1 contra a tese do governo Fogaça: a poupança feita de 1995 a 2001 foi mais do que suficiente para cobrir o que se gastou a mais de 2002 a 2004.
Número 2: O Governo de João Verle, findo em 2004, não deixou dívidas sem os recursos correspondentes para pagá-las. Em 31 de dezembro de 2004 a prefeitura tinha em caixa 77,5 milhões de reais, como você poderá conferir no documento disponível no site da prefeitura:
http://www.portoalegre.rs.gov.br/smf/relfins/doc/Executivo.pdf
Ao valor encontrado neste documento, R$ 72,2 milhões, você deverá somar R$ 5,3 milhões referentes a aplicações em títulos do governo federal, registrados em outro relatório, e chegará aos R$ 77,5 milhões.
Fogaça alega que estes recursos eram insuficientes para pagar supostas dívidas de curto prazo que o Governo Verle teria deixado para pagar, no valor de R$ 150 milhões, que seriam, segundo a hipótese de Fogaça, em valores aproximados:
R$ 30 milhões em despesas de exercícios anteriores, registradas já na gestão Fogaça
R$ 40 milhões de dívida com a CEEE - conta de iluminação pública
R$ 80 milhões de restos a pagar registrados
Total: R$ 150 milhões
Vamos por partes:
Dos R$ 30 milhões, alegadamente despesas deixadas para pagar com recursos futuros do governo Fogaça, R$ 28 milhões, por exemplo, são oriundos de serviços do SUS realizados em 2004 mas aprovados pelo governo federal somente em 2005, momento no qual ingressaram os recursos para pagá-los. É como acontece com qualquer trabalhador assalariado: ao trabalhar durante o mês só receberá no inicio do outro, mas o direito de receber o salário é adquirido em cada hora trabalhada no mês em curso. As depesas classificadas aqui por Fogaça estavam, portanto, integralmente cobertas por receitas por direito garantidas em 2004, mas que só ingressaram no inicio de 2005.
Quanto a CEEE, o que esta empresa cobrava da Prefeitura dependia de uma negociação complexa, de longo curso. Havia questionamentos quanto ao valor apresentado pela CEEE e, também, dívidas da desta para com a prefeitura que deveriam reduzir o valor, qualquer que fosse. Tanto foi assim, que a situação só foi objeto de de acordo 02 anos após inciado o governo Fogaça, em final de 2006. E a despesa foi parcelada em 60 meses, 05 anos, mais do que o mandato Fogaça. De todo modo, os recursos para o pagamento destas despesas foi assegurado pela criação de Contribuição de Iluminação Pública, portanto específica para este tipo de despesa, através de lei aprovada em 2003 (ainda no governo Verle), e alterada em 2005.
Por fim, restaram os R$ 80 milhões (dos quais R$ 15 milhões são oriundos da obra da III Perimetral e tinham recursos equivalentes assegurados pelo BID). Estes são os únicos gastos efetivamente deixados pela Prefeitura para serem pagos na gestão Fogaça e estavam cobertos pela já citada disponibilidade de caixa, R$ 77,5 milhões e por recursos do BID com recebimento assegurado por contrato de financiamento da III Perimetral. Por serem os únicos que assim podem ser considerados, foram os únicos registrados oficialmente pela prefeitura em seus relatórios de 2004. Você pode ver este documento no site da prefeitura (neste relatório, na linha onde está o código 2001 você poderá ver os valores garantidos pelo financiamento do BID):
www.portoalegre.rs.gov.br/smf/relfins/doc/Anexo VI - RestosPagar 3ºQ.pdf
Este não é, definitivamente, o quadro de uma Prefeitura quebrada. Se o atual governo perdeu tempo não foi procurando formas de solucionar uma crise, porque ela não existia mais ao final de 2004 e inicio de 2005. Os déficits registrados de 2002 a 2004 foram financiados com os superávits de 1995 a 2001 e os recursos deixados pelo governo Verle em 2004 foram mais do que suficientes para pagar as contas.
O registro oficial da situação regular e equilibrada das contas públicas está claro na aprovação, pelo Tribunal de Contas do RS, das contas de 2004 do governo Verle. No sua aprovação, aliás, é mencionada explicitamente, e considerada falha e parcial, a mesma conta feita por Fogaça para "provar" uma suposta crise financeira por ele herdada. Neste ponto o TCE-RS registra que o governo Verle deixou equacionadas questões como a da CEEE. A decisão do TCE-RS está acessível a qualquer cidad@o no site do Tribunal: www.tce.rs.gov.br.
Portanto, quem alega a existência de uma situação de insolvência ao final de 2004 , car@ cidad@o, só pode estar querendo jogar uma cortina de fumaça em suas deficiências... Mas este é outro capítulo da novela...
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Texto do RS URGENTE
Desde a eleição de Germano Rigotto (PMDB) para o governo gaúcho, em 2002, a apologia do novo tornou-se uma categoria central nos discursos eleitorais no Estado. Em 2006, Yeda Crusius (PSDB) apostou todas suas fichas no “novo jeito de governar”. E levou. Agora, em 2008, na campanha eleitoral em Porto Alegre, mais uma vez o “novo” apresenta-se à população. Com um agravante. Desta vez, há uma disputa entre mais de uma candidatura sobre quem é, realmente, a essência do novo. Em vários momentos, os programas eleitorais no rádio e na TV e os debates entre candidatos acabam se revelando um surto de euforia pela paternidade ou maternidade do novo. Para além de velhos truques publicitários que retocam e redesenham a embalagem de conhecidos produtos para apresentá-los como novidade, há um elemento de recusa e desprezo pela memória e pela história política do Estado.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Erro de comparação
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Se o Brasil não fizer, alguém fará...
Leiam a matéria do El País:
EFE - Roma - 14/08/2008
El ex fiscal militar durante la dictadura chilena Alfonso Podlech Michaud fue entregado ayer a Italia desde España y se encuentra encarcelado en la prisión romana de Rebibbia, según confirmaron fuentes del centro penitenciario.
Podlech Michaud había sido detenido el pasado 27 de julio en el aeropuerto madrileño de Barajas, en cumplimiento de una orden europea de detención y entrega emitida por las autoridades italianas.
El ex fiscal militar será interrogado en los próximos días por el fiscal Giancarlo Capaldo, que se ocupa de la desaparición de 25 italianos durante la Operación Cóndor, como se denominó la acción de las dictaduras de Argentina, Paraguay, Uruguay, Chile, Brasil y Bolivia para acabar con los opositores en los años setenta y ochenta del pasado siglo XX.
La Operación Cóndor, en la que colaboraron varias dictaduras sudamericanas para eliminar a disidentes, fue la base de la investigación del juez Baltasar Garzón que propició la detención, en Londres, del ex dictador Augusto Pinochet en 1998.
Garzón pidió la detención y entrega de Pinochet para ser juzgado por genocidio y, aunque éste fue llevado finalmente a Chile, estuvo año y medio detenido en Londres en situación de arresto domiciliario.
En particular, el fiscal acusa a Podlech de la desaparición del ex sacerdote de origen italiano Omar Venturelli en 1973. El nombre de Podlech se encontraba entre las 140 órdenes de arresto y extradición emitidas por la justicia italiana a finales del año pasado contra ex militares y políticos de Argentina, Bolivia, Brasil, Chile y Perú.
Militar uruguayo
En los próximos días se espera también la extradición del ex militar uruguayo Antranig Ohannessian, detenido en marzo en el aeropuerto de Buenos Aires (Argentina), y acusado del secuestro y asesinato de cuatro ciudadanos italianos durante una operación contra el Partido para la Victoria del Pueblo (PVP) entre septiembre y octubre del año 1976.
El fiscal confió en que las declaraciones que efectúen ambos ex militares serán muy importantes para el futuro proceso judicial, que espera que se pueda iniciar antes de finales de año en Roma.
Americanismos grosseiros de ZéAgah
EUA cobram trégua da Rússia
Ontem, Moscou teria desrespeitado o acordo de cessar-fogo
A guerra é na Geórgia, mas foram os Estados Unidos que ontem endureceram o discurso e atacaram a Rússia – reacendendo a tensão que assombrou o mundo durante os anos de Guerra Fria. Diante da suposta violação do acordo de cessar-fogo dos russos, o presidente americano, George W. Bush, deixou de lado a postura discreta e tomou partido no conflito.Ele fez um pronunciamento logo depois de receber a notícia de que os russos haviam rompido a trégua, ao realizarem novas investidas em território georgiano. Os EUA exigiram de Moscou o cumprimento do cessar-fogo assinado na terça-feira e acusaram suas tropas de estarem bloqueando as principais vias da Geórgia. Bush decidiu enviar a secretária de Estado, Condoleezza Rice, a Paris, na França, e a Tiblisi, capital da Geórgia, para tentar auxiliar a solucionar a crise na região do Cáucaso.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Palco de guerra inter-imperialista

Basta olhar a zona de combate desde o final do século XX para perceber que o embate real não é entre potencias imperialistas, como Rússia e Estados Unidos, e pequenos países, como Iraque, Geórgia, Afeganistão ou, talvez em um futuro próximo, Irã. Não são guerras localizadas, de curto prazo.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Em que águas navegam os barcos nesta eleição de Porto Alegre?

sexta-feira, 8 de agosto de 2008
O problema real III.
Zero Hora
ENERGIA
Braskem planeja usina para tratar resíduos
Reduzir em 92% o lixo urbano de Porto Alegre e gerar energia para abastecer até 55 mil residências são os benefícios da primeira usina de tratamento térmico de resíduos sólidos em escala comercial do Brasil que a Braskem estuda implantar na Capital. Segundo a empresa, um estudo indica que seriam necessários R$ 100 milhões para implantar uma unidade capaz de processar 600 toneladas de lixo por dia.
Monumento errado no lugar errado
Delmo Moreira, que na época do episódio era subchefe da sucursal do conflito da Estado de S. Paulo, em Porto Alegre, citado em OS SILÊNCIOS DO CONFLITO DA PRAÇA DA MATRIZ de Débora Franco Lerrer.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
A propósito

terça-feira, 5 de agosto de 2008
Problema real II
O problema real.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
A seguir deste jeito, vão escolher mais do mesmo...

terça-feira, 15 de julho de 2008
Descoberta de férias

segunda-feira, 14 de julho de 2008
Junho e Julho em drágeas
terça-feira, 17 de junho de 2008
Contradição? Hipocrisia? Cinismo eleitoral?
domingo, 8 de junho de 2008
A chance de maifestar sua vontade

Movimentos populares (estudantil, sindical, comunitário) convidam para um ato de protesto, segunda-feira (9/6), a partir das 14 horas, em frente ao Palácio Piratini.
Ao participar dele você estará manifestando-se contra os escândalos de corrupção envolvendo o governo Yeda Crusius (PSDB) e os partidos que o sustentam (PMDB, PP, PPS). Escândalos mais do que comprovados, por gravações de conversas entre os próprios agentes políticos do atual governo Estadual.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Uma possível onda de impactos

A crise do governo Yeda, com os fatos de hoje, isto é, com a gravação da conversa Feijó-Busatto, estenderá seus efeitos para fora do Palácio Piratini e atingirá a campanha eleitoral para a prefeitura de Porto Alegre.
O PMDB de Fogaça sai abalado, ao ser relacionado com um sistema de financiamento com habitat no Banrisul. Fogaça sai abalado, ao ser identificado com um tipo de governo que loteia cargos, sem critérios ou condições, para garantir maioria no parlamento.
Manuela tem um problemão. Seu candidato a vice é do PPS, mesmo partido que declarou esperar de Manuela uma posição acrítica em relação ao governo Yeda. Partido que tem compromissos com a forma de governar que levou a esta crise do governo Yeda, e que é igual a montada para sustentar o governo Fogaça. Seu problema, na ponta mais simples: Como apresentar-se como o novo, aliada a um partido que sustenta o velho e tradicional jogo de divisão fisiológica dos cargos no governo?
Onyx (DEM) aliou-se ao PP, que até hoje ao menos, comporá a sua chapa indicando o vice. Mesmo PP que está no centro das denuncias do esquema DETRAN. Será coerente como Feijó, vice governador pelo DEM, quer apresentar-se e romperá com o PP?
O PT, acusado na eleição de 2004 de se tornar repetitivo, burocrático e pouco criativo para resolver os problemas da cidade, parece ter grandes condições de apresentar justamente o seu passado em Porto Alegre como grande trunfo. Durante 16 anos foi minoria na câmara e mesmo assim conseguiu governar sem apelar para a fórmula da divisão fisiológica e sem critério do governo. Além disso, apresenta-se a cidade com chapa pura, sem nenhum dos partidos envolvidos no escandalo do governo Yeda. Nisto, aliás, residia outra crítica, fonte poderosa do anti-petismo: o PT gaúcho, segundo os anti-petistas, achando-se superior não aceitava aliar-se a outros partidos no Estado (PMDB, PP, PPS, PTB, etc.). Parece que aqui, também, o que parecia demérito passou a ser virtude.
Cena dos próximos capítulos: irá Fogaça ser candidato, irá Manuela continuar aliada ao PPS, Onix continuará casado com o PP?
A crise do governo Yeda. Há outro jeito de governar?
Governando de outro jeito, convidando a população a se organizar, definindo junto com ela o que fazer, o que priorizar. A mesma população que elege veradores e deputados se encarregou de fazer seus eleitos agirem corretamente. Simples assim...
Há outro jeito, sim.
terça-feira, 20 de maio de 2008
Manuela e o PPS
(Comentário publicado em ZéAgah, na coluna de Rosane Oliveira, zeira e vezeira dos recados da "elite" política gaúcha)
Parece-me que começam a ser respondidas as perguntas que fiz na postagem anterior sobre a aliança PC do B/PPS:
"(...)pode assumir a condição de novidade uma candidatura que admite algum grau de identidade com o PPS - sigla sob a qual se elegeu José Fogaça, o atual prefeito, que elaborou o seu programa e conduziu seu governo - a ponto de entusiasmar-se com a possibilidade de com este firmar uma chapa para disputar a eleição, portanto uma aliança para governar? Por acaso dirão , o PC do B e Manuela, a pretexto de romper com a continuidade (premissa de quem quer-se novo), aos agentes políticos do PPS presentes no governo Fogaça que estes não manterão suas posições e políticas em um eventual governo Manuela?"
Só esqueci de mencionar o posicionamento em relação ao governo Yeda, do qual faz parte o PPS.
As coisas são como são...
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Direita e Esquerda: conceitos para a ação I

A direita hoje
As vitórias eleitorais de Angela Merkel na Alemanha, de Sarkozy na França e de Berlusconi na Itália, servem para lembrar-nos da força da direita hoje no mundo. Na Europa ocidental, com as exceções da Espanha e da Noruega, a direita está no governo. Aqui mesmo, na América Latina, os governos do PAN no México, de Uribe na Colombia, são representantes indiscutíveis da direita latino-americana. No Brasil, a direita está representada politicamente pelo bloco tucano-pefelista e ideologicamente pelas grandes empresas mercantis da mídia.