sábado, 17 de novembro de 2007

Os interésses (assim mesmo, com o assento que lhe dava Brizola)

Em nome de que interesses age Yeda Rorato Crusius? Quem ajudou a eleje-la e ainda deposita confiança em seu governo? Quem ainda acha que, depois da derrota de sua fórmula fiscal no parlamento, certa é a governadora e errados são os que votaram contra o seu pacote? Quem age na política apontando sempre o mesmo culpado quando a sua vontade e a dos seus é contrariada? Quem?

Dou uma pista, leia o editorial de Zé Agah deste sábado...

Um trechinho:

"Por que a tragédia fiscal do Estado não pode ter o socorro de um aumento de alíquota se uma situação federal menos angustiante merece o socorro da prorrogação da CPMF? Que interesses poderiam explicar a presença numa mesma trincheira da bancada do PT, que prega uma crescente presença do Estado, e do vice-governador Paulo Feijó, que é adepto do Estado mínimo?"

Quem diria, a pouco tempo atrás Zé Agah acusava o PT de arrogante, de se achar dono da verdade, de não unir-se a ninguém que não fosse um seu igual...

Quem diria, a mesma Zé Agah militante contra a prorrogação da CPMF...

Agora aponta o dedo para a incoerência...

Moral de cueca, como diz o popular.

Convido-lhes, também, a comparar as declarações da governadora com o mencionado editorial: semelhanças não são mera coincidência. E a lembrar que um procer do tucanato, Pedro Parente é alto executivo de Zé Agah. Teoria da conspiração? Não, inferência estatística...

A propósito, antes da votação do pacote o governo Yeda afirmou com todas as letras que o financiamento de 1 bilhão do Banco Mundial só sairia com a aprovação do pacote. Hoje, a notícia é outra: mesmo sem o pacote virá o financiamento.

A comemorar: a sociedade gaúcha não caiu na chantagem destes dois personagens, Yeda e Zé Agah.

Agora estão voltando a fazer ameaças e chantagens: cortar compensação de créditos para exportação, reduzir verba dos outros poderes, apertar micro e pequenos empresários, enfim, prender e arrebentar. Cabe a sociedade, aos sindicatos de empresários e trabalhadores, aos partidos políticos de oposição e aos parlamentares que, mesmo na situação, mantiveram-se coerentes com as promessas de campanha, dar mais um não a isto. Chega de arrogância e surdez...

O sinal claro que foi dado é: esta proposta não serve, construa outra governadora. Sem chantagens e ameaças, sem aumentos de impostos ou restrições a atividade econômica gaúcha.

Por fim, uma resposta aos "por ques" de Zé Agah:
1. Porque existem, para o RS, outras alternativas que não o AUMENTO de impostos;
2. Os interesse em evitar que a economia do Estado sofra com um pacote equivocado não uniu só PT e Feijó, mas também alguns parlamentares de PTB, PMDB, PP, PSB, PC do B e outros. Mais de 50% do parlamento gaúcho votou contra e a Zé Agah só enxerga o PT e Feijó!!!!!



Um comentário:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Que outras alternativas -- DE CURTO PRAZO -- existem? Fui contra o aumento de imposto, porque o Estado tem que cortar na própria carne. A sociedade gaúcha disse um rotundo não ao aumento de imposto, porque não quer mais sustentar um EStado que gasta 72% de sua receita líquida no pagamento de salários e proventos de servidores ativos e inativos. TEM QUE CORTAR!!!!