segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Fogaça e o hino do Rio Grande do Sul

Quando você votar para governador estará escolhendo um líder para o Rio Grande do Sul. Líder é o sujeito que aponta um caminho, entre os vários possíveis. Líder é o sujeito que tem força suficiente para conduzir, ao menos, o seu grupo. E, com o seu grupo, assumir a direção da sociedade. Apontar um norte para mim, para você, para o RS.

Fogaça tem dito que governará bem o Rio Grande do Sul qualquer que seja o presidente eleito, que se relacionará bem com qualquer um. Tudo bem, até dá prá acreditar. Mas só isto não basta. Qual o melhor Brasil para o Rio Grande do Sul? O proposto por Dilma? O proposto por Serra? Ou o apresentado por Marina? E se o eleito não for o melhor cenário para o Rio Grande do Sul progredir? Não existirá bom relacionamento que ajude...

Fogaça não quer revelar qual cenário acha melhor (embora eu supeite que ele acha que é o proposto por Serra) porque está submetido as exigências de seu grupo político, o PMDB gaúcho. Parte do PMDB gaúcho é serrista, a maioria, e parte é Dilma. Fogaça não quer assumir a posição da maioria, porque sabe que perderia votos de quem está votando nele e na Dilma: especialmente os eleitores do seu aliado PDT. Fogaça, que se propõe ser o lider maior dos gaúchos, está sendo comandado pelas circunstâncias...

E quem é comandado pelas circunstâncias não é lider. Como lembra o hino do Rio Grande do Sul:

Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra

A neutralidade passiva de Fogaça não cabe aqui, não é verdade?

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